20 fevereiro, 2019
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Baixar a alíquota do IR de 27,5% para 25% adianta?

Muito tem-se falado sobre uma possível redução na alíquota do Imposto de Renda de Pessoa Física para a faixa mais alta de renda. A taxa atual passaria de 27,5% para 25%. Mas por quais motivos um governo reduz, ou deve reduzir impostos? Antes de tudo quero deixar claro que este texto não é sobre se devem ou não reduzir a alíquota, mas sobre o impacto que esta redução pode trazer ao país e população.



Os impostos que pagamos servem para a manutenção da máquina pública, isto é, para garantir que todos os gastos do governo sejam devidamente pagos. O Brasil é um país deficitário, ou seja, gasta mais do que arrecada. Este raciocínio já basta para percebermos que não é este o motivo da possível diminuição da tarifa.

Outra possível função de uma redução da alíquota seria uma possível vontade do governo em incentivar um determinado segmento da economia, como já aconteceu em anos anteriores no segmento automobilístico, por exemplo.



Acontece que estamos falando de redução na alíquota de imposto de renda de pessoa física, ou seja, não influencia diretamente na economia incentivando-a. Além disso, esta faixa mais alta do imposto de renda é representada por parte da população que consegue poupar e investir uma parte de seus rendimentos. Dessa forma, só estaríamos aumentando a poupança desta parte da população, ao invés de este dinheiro voltar para economia através de consumo.



Por outro lado, sabemos que pequenas e médias empresas são responsáveis pela grande maioria da oferta de empregos no país. Porque não abaixar os impostos para estas empresas? Afinal, são as empresas que são as responsáveis por investir em novas tecnologias, novos produtos, ganhos e aumento de produção que podem sim, influenciar nos números do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Esta redução sim, traria muito mais desenvolvimento pois seria uma redução atrelada a um possível investimento.



O ideal seria que o governo consiga controlar e reduzir os gastos públicos, reduzindo os impostos das pequenas e médias empresas, promovendo competitividade e investimento.

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