
Câmara de Barra Mansa solicita reunião na Alerj para solucionar repasses da Oncobarra
Câmara Municipal de Barra Mansa, representada por sua comissão de saúde, encaminhou ofício à Alerj solicitando reunião emergencial para debater a falta de repasses estaduais ao Oncobarra, centro de atendimento oncológico referência no estado, que atende pacientes de 27 municípios, além do município sede. Situado na Santa Casa de Barra Mansa, o centro recebe verbas federais e estaduais por ser uma unidade de alta complexidade. Desde sua inauguração, o Oncobarra recebe mensalmente do governo federal 900mil reais e o governo estadual deve repassar à unidade o valor pactuado de 600 mil reais e o sobre-teto, que é o valor das despesas que ultrapassem os repasses. Entretanto, este repasse estadual não ocorreu este ano.
No ano passado, com autorização do governo estadual, o Oncobarra executou procedimentos superiores ao pactuado, sem que houvesse a transferência correta. Recentemente, uma normativa informou que não haverá o pagamento das despesas que ultrapassarem o repasse estadual de 600 mil reais, o que prejudica ainda mais a capacidade de atendimento da unidade. O presidente da câmara, vereador Paulo Sandro destacou a importância do Oncobarra para a população.
-Vemos os números da Oncobarra e percebemos sua importância. Ano passado foram mais de 20 mil pessoas atendidas. A radioterapia, mesmo com aparelho obsoleto, atendeu mais de 400 pessoas, 850 cirurgias foram realizadas. A Oncobarra está salvando muitas vidas. Quando a Oncobarra sofre com essa falta de recurso, deixa de pagar fornecedores, não realiza o pagamento de médicos, e a população sofre. A vida deve estar sempre em primeiro lugar - declarou Paulo Sandro.
Diante desse cenário de falta de repasses, a Comissão de Saúde, juntamente ao presidente e com o apoio dos demais vereadores, solicitou à Alerj uma reunião para que os parlamentares possam encontrar uma solução dessa questão, que prejudica diretamente a população. Com esse orçamento deficitário, a Santa Casa de Barra Mansa, onde fica sediado o Oncobarra necessitou interromper o atendimento de novos pacientes. O presidente da comissão de saúde, vereador Jefferson Mamede lembrou que essa interrupção de atendimento ocorreu ano passado, por três meses, o que gerou uma fila de pacientes.
-Ano passado já houve essa suspensão por quase três meses, o que é uma eternidade para quem tem câncer, porque a doença avança de tal forma, que se torna irreversível, o que tinha a possibilidade de ser tratado, não existe mais. É um absurdo a gente não colocar a saúde em primeiro lugar. Uma paciente que precise hoje de atendimento vai esperar abrir vaga em outro lugar, não vai realizar em Barra Mansa – afirmou Mamede.
A câmara solicitou essa reunião de emergência na Alerj, como um pedido de socorro, para que possa encontrar uma solução para essa falta de repasses.
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