
Cinema no interior: emprego e renda para todos
O audiovisual fluminense precisa chegar com força a todo o interior. É assim que a gente transforma cultura em trabalho e renda perto de casa. É para isso que a Frente do Audiovisual da Alerj vem atuando: ouvir, articular e tirar do papel políticas que funcionem na vida real.
Nestes dois anos, construímos pontes entre produtores, técnicos, artistas, distribuidores, exibidores, plataformas, sindicatos, escolas e prefeituras. Quando todo mundo senta à mesa, a conversa vira ação.
Dois projetos de minha autoria estão puxando essa virada. O primeiro é o Filma Rio, que cria um programa de reembolso fiscal para atrair produções de filmes e séries para o nosso Estado.
É simples de entender: quanto mais o produtor gasta aqui, mais gente daqui trabalha, e parte desse gasto volta em reembolso. Era um dinheiro que não circularia no estado e a gente devolve uma parte dos impostos arrecadados com os serviços que cada produção contrata por aqui.
Resultado: mais dinheiro rodando no comércio local. E se o filme for rodado no interior, o percentual devolvido aumenta.
O segundo é a Lei 10.447/2024, que garante apoio de passagem e hospedagem para que longas fluminenses independentes marquem presença em festivais e premiações de peso. Isso ajuda o filme a chegar mais longe, divulga as cidades onde foram filmadas e abre portas para novas coproduções e vendas.
Agora é hora de levar essa agenda para cada região. Junto com a RioFilme e a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, vamos ajudar cidades do interior a estruturar suas film commissions.
Uma film commission é uma entidade municipal que articula todas as licenças que uma produção precisa para filmar na cidade, ajuda a encontrar locações – os locais em que o filme será gravado – e articular a presença da polícia, o bloqueio de ruas e muito mais. São organismos essenciais para suporte às produções.
A Frente entra como ponte: une os municípios, dá segurança jurídica e acelera o caminho das produtoras até as film commissions, sem burocracia inútil.
Da Baixada ao Médio Paraíba, da Região Serrana ao Litoral, filmar aqui passa a ser bom negócio para quem produz e para quem mora. Hotel lota, restaurante vende, motorista roda, costureira trabalha, marceneiro fecha serviço.
Um set de filmagem movimenta a economia local como poucas atividades. Mais de 80% dos custos de uma produção de cinema são direcionados a serviços de outros setores. E cada R$ 1 gasto no município vira R$ 3 em outros segmentos, porque o cinema gera riqueza. E aumenta a arrecadação. E todas as ações são auditáveis, com transparência total.
Seguiremos firmes: menos discurso e mais resultado. Com diálogo, planejamento e pé no chão, o audiovisual será um motor da economia do Rio — inclusive do interior. É assim que geramos emprego e renda com sustentabilidade e orgulho de pertencer a uma cidade que faz histórias.
Comentários