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15 junho, 2016
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Entrevista Exclusiva com o prefeito interino de Barra Mansa, Jorge Costa

A revista Por Aqui esteve nesta segunda-feira, dia 13, no gabinete do prefeito interino de Barra Mansa, o Pastor Jorge Costa (PRB), que falou com exclusividade sobre alguns temas, que vão desde sua atuação neste curto tempo no Executivo municipal, até as eleições municipais, já que era pré-candidato a vereador, e ao assumir a prefeitura, só poderá concorrer à reeleição na majoritária.


Por Aqui: Existem rumores e até mesmo uma expectativa que o prefeito afastado Jonas Marins consiga através de liminar retornar ao cargo. O senhor está sabendo de algo? Como seria para você caso isso acontecesse?
Jorge Costa: Não sei e não ouvi nada a respeito. Estou aqui por causa de uma determinação da justiça e se a justiça decidir que ele vai voltar só me resta acatar.


Por Aqui: Haverá mais cortes na prefeitura?
Jorge Costa: Vai haver de todos os cargos comissionados nomeados até o dia 31 de maio deste ano, pois estamos fazendo uma gestão de austeridade. Hoje é dia 13 (segunda-feira) e ainda não pagamos toda a folha de pagamento de maio. Pegamos a prefeitura com um caos nas finanças. Então é impossível manter este número altíssimo de cargos, até porque muitos a gente nem sabe onde estão. A gente procura e não acha, então nós vamos ter que cortar.


Por Aqui: Ao assumir a prefeitura, o senhor não pode mais se candidatar a vereador, como a princípio tinha planejado. O senhor vai se candidatar a prefeito? Vai apoiar algum outro candidato? O que pretende fazer?
Jorge Costa: O cenário político mudou totalmente em Barra Mansa. Vamos conversar com todos. Eu acho cedo, pois estou apenas há 12 dias a frente do Executivo. Vou ouvir meu grupo político e ver o que as pessoas acham. Em cima disso tomaremos decisões. O certo é que participarei do pleito, só não sei se como candidato a prefeito ou simplesmente apoiando outro. Esta decisão tomarei mais pra frente.

Por Aqui: Caso outro prefeito assuma o Executivo em 2017, o que ele pode esperar da prefeitura?
Jorge Costa: Uma casa arrumada pode ter certeza. Se eu ficar aqui até o final deste mandato e não for o próximo prefeito, quem assumir vai encontrar uma casa organizada. Este tempo será o suficiente para colocarmos a casa em ordem, inclusive a folha de pagamento. O cobertor já não será tão curto por causa desta organização que estamos fazendo, de uma gestão compartilhada.


Por Aqui: Qual sua visão do contexto político atual, levando em consideração as esferas municipal, estadual e federal. Exemplo: A presidente Dilma foi afastada e pode sofrer um impeachment, quem assumiu foi o vice Michel Temer. O governador Pezão, por motivos de saúde, se afastou do governo, quem assumiu foi seu vice, Francisco Dornelles. Em Barra Mansa aconteceu ainda pior, o prefeito foi afastado por suspeita de um esquema fraudulento na saúde, quem assumiu foi o senhor, que era o vice. Podemos reparar que os vices que assumiram, em muito menos tempo, estão tomando medidas de corte e contensão de despesas, o que já deveria estar acontecendo antes. Qual sua opinião sobre esta análise?
Jorge Costa: Acredito que os acordos políticos que foram feitos com os titulares nas esferas municipal, estadual e federal talvez os tenha impedido de trabalhar com austeridade. Para fazer isso tem que ter coragem. Eu encontrei o caos em Barra Mansa e seria covardia da minha parte se eu não fizesse as mudanças que tem que ser feitas. O remédio é amargo, mas é necessário. Não tem outro remédio, tem que ter corte.

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